Titulação: Saiba mais sobre essa técnica

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Data
08/02/2021

Titulação é uma das técnicas analíticas mais antigas e utilizadas nos laboratórios de ensaios. Eventualmente, por ser uma técnica relativamente simples, acaba sendo banalizada. Trazemos aqui algumas particularidades e pontos de atenção, para que você tenha certeza de que a está utilizando de maneira correta:

1)  Princípios da Técnica

É uma técnica analítica utilizada para determinar a concentração de um determinado analito, através da dosagem de uma solução padrão, com um número definido de moléculas (Titulante).

2)  Analito x Amostra

Precisamos conhecer as características do nosso analito (se ele está disponível no meio reacional, se existem interferentes, solubilidade, reações paralelas etc.).

E aqui, chamamos atenção para um conceito que precisa estar bem claro: analito x amostra.

Analito: aquilo que queremos determinar (exemplo: cloreto, acidez, basicidade, cálcio, magnésio…)

Amostra: é aquela que contém o nosso analito de interesse (água, suco, vinho, sal de cozinha, efluente…)

3)  Estequiometria da reação

Sim, esse é um ponto muito importante a se observar! A titulação está diretamente relacionada com a estequiometria da reação: analito x titulante.

4)  Meio reacional

Precisamos identificar em que tipo de solvente minha amostra é solúvel.

5)  Tipo de reação química

Qual é o tipo de reação que vai acontecer para a determinação do nosso analito? São elas:

  • Titulação ácido-base em meio aquoso: um ácido titulando uma base e vice-versa em meio aquoso (a maior porção do solvente é água);
  • Ácido-base em meio não aquoso: um ácido titulando uma base e vice-versa em meio não aquoso (solventes orgânicos, por exemplo);
  • Titulação redox: quando ocorre uma oxidação ou redução do nosso analito;
  • Titulação de precipitação: quando ocorre a precipitação do nosso analito;
  • Titulação complexométrica: quando há formação de complexo envolvendo o nosso analito.

Escolhendo a Titulação adequada

Observado estes pontos, a Titulação pode ser Manual, Potenciométrica, Fotométrica, Termométrica… Ou seja, nós podemos escolher qual tipo de detecção é mais adequado para as nossas necessidades analíticas e a realidade do nosso laboratório! Do que estamos falando?

– Manual: utilizando o método de indicação visual (fenolftaleína, alaranjado de metila, azul de bromofenol…);

– Potenciométrica: utilizando o método de indicação através de eletrodos potenciométricos (variação de potencial);

– Fotométrica: utilizando o método de indicação com eletrodos que detectam a variação de comprimento de onda da reação;

– Termométrica: utilizando o método de indicação com eletrodos que detectam a variação da temperatura da reação.

E, sim, dentro de cada tipo de detecção existem muitas outras particularidades / cuidados que devemos tomar!

Confira algumas aplicações típicas da Titulação

– Acidez em suco de laranja (ácido-base em meio aquoso);

– Número de ácidos e bases em óleo lubrificante (ácido-base em meio não aquoso);

– Teor de cloreto em sal de cozinha (de precipitação)

– Dureza em águas (complexométrica);

– Teor de Cálcio e Magnésio em leite (complexométrica);

– Teor de sódio em alimentos (termométrica).

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Por Andrea Moreira

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